Inteligência Emocional: sua importância no trabalho

Este é um conceito já bastante difundido nas empresas. Inteligência emocional é um atributo cada vez mais valorizado! E por isso, as pessoas querem aprender cada vez mais sobre ele para não ficarem para trás.

E não é para menos, as pessoas que apresentam inteligência emocional têm maior tendência a tomar as melhores decisões. E são essas decisões que decidem o sucesso da carreira ou da empresa que trabalha. Em tempos de criseter inteligência emocional é ainda mais importante.

Você verá neste artigo as principais formas de expressar inteligência emocional no trabalho. E conseguirá avaliar se você e os líderes da sua empresa têm esta valiosa competência.

E atenção: serão expostas formas inovadoras de compreensão da Inteligência Emocional no trabalho. Em conjunto ao embasamento no conceito original formulado por Daniel Goleman e outras teorias psicológicas e neurocientíficas. Portanto, prepare-se para aprender coisas que você não verá em outras plataformas.

E é claro, você descobrirá também maneiras de colocar a Inteligência Emocional em prática!

Inteligência Emocional X Inteligência Racional

Antes de prosseguirmos para análises fiéis de como a inteligência emocional influencia no trabalho, precisamos analisar esta diferença.

Podemos dividir didaticamente o potencial humano de raciocínio, tomada de decisão e superação de desafios em duas partes: inteligência emocional e racional. Digo que é didaticamente, pois, esta separação é importante para a compreensão e para a categorização científica – pois facilita conceitualização e estudos futuros. Mas na prática, as duas são indissociáveis!

Não é possível uma pessoa “desligar” seu emocional para tomar uma decisão apenas racionalmente. Esta atitude é, na verdade, destrutiva para as melhores decisões. Estou defendendo que você deve tomar decisões emocionalmente? Não! Não é essa a melhor solução.

A melhor solução é na verdade unir racional e emocional e balanceá-los. Você deve compreender como as emoções te afetam, para perceber como elas interferem nas suas decisões. A natureza humana funciona assim: o que chega para nós primeiro são os sentimentos e emoções. Portanto toda informação que chega ao nosso cérebro racional já vem carregada de emoções!

Pesquisas realizadas pelo neurocientista António Damásio sugerem que as emoções têm papel fundamental nas nossas decisões. E que na verdade seres humanos não são racionais assim o tanto quanto pensam. Então, já que é assim, porque não nos esforçamos para entender as emoções e, assim, nos apoderar amplamente de nossas ações e tomada de decisão?

No item a seguir, você verá um exemplo de como é possível articular uma boa união entre inteligência emocional e racional no trabalho.

As emoções envolvidas em um processo ou decisão

Imagine que você está em uma reunião e que em uma das pautas o objetivo é tomar uma decisão difícil, com repercussões e resultados incertos. E esta decisão será fundamental para o sucesso ou não da sua equipe em um projeto.

Não é possível evitar sentir as emoções em desafios! O curso de ação que muitas pessoas tomariam neste exemplo, seria apenas fazer uma análise do panorama atual: dos riscos envolvidos, dos prováveis cenários, e do resultado esperado através de dados e argumentações. Evidentemente isto deve acontecer, mas se esquecem de uma variável que continuamente influencia na análise racional dos fatos. Adivinha o quê? As emoções, é claro!

Um bom líder, por exemplo, não pensaria duas vezes em expor sentimentos e emoções provocadas pelo panorama que a equipe se encontra. Porque não expor que em uma situação difícil é esperado que as pessoas sintam-se receosas? E o receio deve ser considerado, pois, dependendo da decisão que a equipe tomar, ele pode até mesmo influenciar no engajamento das pessoas no course of actiondefinido.

Um líder que se abre para os sentimentos da equipe tem muito mais credibilidade, e as pessoas confiam mais nele. Não estou defendendo que líder e equipe devem se render às emoções. Apenas que são variáveis importantíssimas que influenciam na tomada de decisão.

Conhecer emoções e sentimentos

Para dar espaço às emoções no trabalho e lidar bem com elas, as pessoas devem ter consciência que existe uma infinidade de emoções e sentimentos. Pessoas com inteligência emocional tem amplo vocabulário, rico em repertório de emoções e sentimentos.

Mas não é simplesmente saber ou decorar as emoções que existem no mundo. É preciso aprender a diferenciar quando sentimos cada uma delas. Como também a percebê-las nos outros por empatia. Sentir-se “mal” é muito diferente de sentir-se “frustrado”, “nervoso” ou “ansioso”, por exemplo.

A este processo de aprendizado damos o nome de Psicoeducação, pois consiste em aprender um vocabulário, bem como a perceber como ele se aplica em nossa vida. Como está a psicoeducação na sua empresa? Ela é essencial para desenvolver inteligência emocional.

E você consegue perceber também que para ter inteligência emocional é preciso inteligência racional? Os dois conceitos estão intimamente relacionados. Um não existe sem o outro.

Um bom líder tem ótima psicoeducação – por conseguinte, amplo vocabulário de emoções e sentimentos. Dessa forma ele consegue avaliar melhor como as emoções têm influenciado no trabalho da sua equipe. Discriminar bem as emoções possibilita a efetivação de uma melhor gestão de pessoas.

Aspectos psicológicos e comportamentais da inteligência emocional

Atenção especial a esta parte. Você verá agora aspectos práticos psicológicos e comportamentais relacionados à inteligência emocional. Considere-os para avaliar a competência em você mesmo e melhorar!

Aceitação da pessoa que você é

Pessoas com inteligência emocional buscam conhecer o que são. Esta é uma condição necessária até mesmo para desenvolver novas habilidades e dar o melhor de si mesmo no trabalho. O psicólogo norte-americano, Carl Rogers (1902-1987), tem uma interessante citação:

“O paradoxo é que quando eu me aceito como sou então eu mudo.”

Se tenho ampla consciência da pessoa que sou, tenho uma melhor avaliação do que preciso para mudar! Os melhores líderes aceitam como são, e também como os outros são. Não criticam e não julgam. Eles simplesmente aceitam, para conseguir crescer junto com a equipe.

Consciência de suas fragilidades e limites

De forma geral, nossa cultura reprova fragilidades. Felizmente isso vem sendo criticado e colocado à prova. Isso é muito positivo, pois negar que todos nós temos fragilidades e limites é dar um tiro no pé. Querendo ou não, todas as nossas fragilidades existem e sempre existirão.

Já falamos sobre aceitação, correto? Então vamos pular esta parte.

Mas ainda nos resta a questão: por que ter consciência de fragilidades e limites é importante para ter inteligência emocional? São diversos os benefícios.

Por exemplo, uma pessoa que têm consciência de suas fragilidades, não se frustra facilmente. Tendo consciência delas, é possível evitar que suas fraquezas interfiram nas suas forças. Você saberá gerenciar melhor seus comportamentos e reações sabendo delas.

Uma pessoa que sabe suas fragilidades, não se irrita facilmente. Imagine que você se depara com um desafio que requer utilizar uma característica fraca sua. Você não perderá seu tempo fazendo isso, sendo que pode muito bem fazer outra coisa da qual é mais necessária sua atenção, pois você é bom naquilo. Você irá, portanto, pedir ajuda de um colega ou do líder, afinal você também sabe trabalhar em equipe.

Ter consciência de fragilidades é também importante para saber quais habilidades você precisa desenvolver e se diferenciar ainda mais. Pessoas com inteligência emocional tem a humildade de saber quando não dão conta de algo.

Assertividade e harmonia

Pessoas com inteligência emocional são harmônicas em suas relações. Por exemplo, elas não se ofendem facilmente. Mas isso não significa ser uma pessoa que engole sapos ou que é continuamente passiva. A pessoa emocionalmente inteligente sabe “escolher suas brigas”, ela se envolve estrategicamente em conflitos, e balanceia as emoções – psicoeducação e conhece seus sentimentos. Esta pessoa faz piada sobre si mesma, releva brincadeiras de mau-gosto das quais não vê nada de positivo saindo de um confronto e não se deixa afetar por “pessoas tóxicas”. Sabe aquelas que nunca trazem nada de enriquecedor ou agradável para você? São essas as pessoas tóxicas.

A pessoa com inteligência emocional também aceita os acontecimentos passados, por piores que possam ter sido. Ela não carrega sentimentos negativos sobre como as coisas foram. Mas isso não significa que esta pessoa os ignora. Ela na verdade reflete sobre eles, busca sentido em cada um. E o mais importante: aprende com todos! Sempre tenta levar algo para sua vida de suas experiências passadas.

Tem relacionamento harmônico com as pessoas. Como? Expressa gratidão e sabe dizer “não” quando necessário. Vamos primeiro falar da gratidão, a seguir.

A pessoa com inteligência emocional é grata quando é justo. Entende quando a ajuda de alguém foi essencial para qualquer evento da vida – até mesmo nos mais simples. Isso fortalece os relacionamentos. Além disso, pesquisas em psicologia positiva indicam que demonstrar gratidão faz das pessoas mais felizes!

Sobre saber dizer “não”: É uma habilidade muito valorosa. É desta forma que as outras pessoas percebem que suas responsabilidades também são importantes, e que você valoriza as coisas que faz. E por isso, quando você diz “sim”, permite-se dedicar profundamente aos outros – as pessoas valorizam isso. Se você tiver inteligência emocional sabe o melhor momento para ajudar. Isto beneficia até mesmo o seu próprio bem-estar físico e mental.

Para finalizar, lembre-se do que é fundamental: além de saber esses conceitos e exemplos, a sua inteligência emocional acontecerá na prática! Aprenda com suas experiências: não censure-se se fizer algo que não foi positivo, mas valorize o que você fez bem. Se não o fez, lembre-se que sempre haverá uma nova oportunidade. E promova seu autoconhecimento. Ajudará muito!

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